Dados do Trabalho


Título do trabalho

EFEITOS DE UM PROTOCOLO DE PILATES SOLO NA FUNÇAO SEXUAL FEMININA: UM ESTUDO PILOTO

Introdução

O assoalho pélvico (AP) participa da resposta sexual feminina. A fisioterapia é a primeira linha de tratamento para a reabilitação dos músculos do assoalho pélvico (MAP), favorecendo a melhora e/ou cura dos sinais e sintomas das disfunções do AP. O Pilates solo vem sendo descrito como uma modalidade de treinamento composta por exercícios de baixo impacto, que podem fortalecer os MAP, pois a contração dos músculos abdominais gera uma pressão, que repercute na pelve, promovendo contração dos MAP.

Objetivo

Avaliar a eficácia dos exercícios de Pilates solo na capacidade de melhorar os sinais e sintomas das disfunções sexuais em jovens nulíparas.

Metologia

Estudo piloto, prospectivo, de coorte, longitudinal com mulheres nulíparas jovens. Foi aplicado o questionário FSFI, abrangendo os domínios: lubrificação, excitação, desejo, dor, orgasmo e satisfação global. Realizado por 8 semanas, o protocolo do Pilates Solo focou em exercícios respiratórios, controle postural, fortalecimento e flexibilidade corporal solicitando contração voluntária dos músculos abdominais. O teste do McNemar foi utilizado para testar as proporções antes e após a intervenção.

Resultados

Incluiu 3 mulheres sexualmente ativas, com idade entre 18-25 anos. Nos domínios do FSFI antes e após intervenção, houve melhora significativa no desejo e excitação pré e pós-exercícios de Pilates solo. Considerando o escore total do FSFI, 67% (n=2) das participantes apresentaram disfunção sexual (FSFI≤26,55) antes de iniciar os exercícios. Na reavaliação, nenhuma apresentou disfunção sexual (FSFI>26,55), porém o teste McNemar não apresentou diferenças significativas na proporção antes e depois.

Discussão

Este estudo demonstrou que um protocolo de 8 semanas com exercícios de Pilates solo, sem solicitar contração voluntária dos MAP, resultou em melhorias significativas na disfunção sexual em 2 domínios do FSFI: desejo e excitação sexual (p≤0,05). Um estudo prospectivo randomizado mostrou que após 12 semanas de Pilates solo houve melhora em todos os domínios do questionário (FIKRET et al, 2016). Fatores limitantes deste estudo podem ter sido o período de intervenção e o número da amostra.

Conclusão

Durante as 8 semanas de exercícios de Pilates solo, com 2 encontros semanais, observou-se um efeito positivo na disfunção sexual feminina nos domínios de desejo e excitação sexual.

Palavras-chave (de 3 a 10 palavras-chave)

pilates solo; função sexual feminina; assoalho pélvico.

Área

Estudo de coorte

Instituições

UDESC - Santa Catarina - Brasil

Autores

ANA BEATRIZ PEREIRA SILVA, LUANNA OLIVEIRA LEAL HECK, SORAIA CRISTINA TONON DA LUZ, THUANE HUYER DA ROZA