Dados do Trabalho
Título do trabalho
PREVALENCIA DE SINTOMAS DE DISFUNÇAO SEXUAL E DISPAREUNIA EM MULHERES DE SANTA CATARINA
Introdução
Disfunção sexual feminina (DSF), é um problema prevalente, afetando aproximadamente 40% das mulheres. As DSF incluem dor durante a relação sexual (dispareunia), contração involuntária (espasmo) dos músculos do assoalho pélvico (vaginismo), falta de interesse (desejo) sexual e/ou problemas com excitação ou orgasmo. Esta disfunção é comumente encontrada na prática clínica e leva a diminuição significativa na qualidade de vida e nas relações interpessoais.
Objetivo
Verificar a prevalência de DSF e sintomas de dispareunia (DPN) em mulheres residentes no estado de Santa Catarina. Além disso, verificar o conhecimento dessas mulheres sobre o auxílio da fisioterapia na DSF.
Metologia
Estudo transversal com mulheres idade média de 31,2±9 anos. Foram recrutadas via whatsapp®, folders, e redes sociais (instagram® e facebook®), onde um link foi enviado para o preenchimento dos instrumentos. Elas preencheram os questionários: Female Sexual Function Index (FSFI), abrangendo os domínios: lubrificação, excitação, desejo, dor, orgasmo e satisfação; Questionário de Dor de McGuill (MGPQ ) e Escala Visual analógica (EVA) da dor. Houve perguntas abertas acerca da fisioterapia.
Resultados
Dentre as 217 mulheres que responderam ao FSFI, houve uma prevalência de 32,7% de DSF. A baixa frequência de atividade sexual teve associação positiva com ter DSF. Dessas mulheres, 35,9% autorrelataram sintomas de dispareunia. Esta dor, por meio do MGPQ, apresentou maior valor relacionado ao domínio sensorial, e de acordo com a EVA, ela foi considerada uma dor moderada ou intensa. 85,9% das mulheres tinham conhecimento da atuação da fisioterapia na DSF, mas apenas 12,5% procuraram tratamento.
Discussão
Um estudo demonstrou uma prevalência de dispareunia de 40,9%, o nosso demonstrou uma taxa similar (35,9%). A DPN está relacionada com fatores físicos e psicológicos. A maior pontuação atribuída à dor no MCPQ foi nos descritores afetivo e sensorial, corroborando com os resultados de outros estudos. Mulheres com DSF pontuaram um maior número de descritores sensitivos quando comparadas àquelas sem DSF, e aquelas com dispareunia apresentaram escores menores no FSFI comparadas às sem DPN.
Conclusão
A prevalência de indicativo de DSF e dispareunia foram altas entre as mulheres de SC, com 32,7% e 35,9%, respectivamente. As mulheres sem DSF e com parceiro(a) fixo(a) apresentaram maior frequência de atividade sexual semanal em comparação às com DSF. Das mulheres com sintomas de dispareunia, a dor, por meio do MGPQ, apresentou maior valor relacionado ao domínio sensorial. Poucas mulheres procuram a fisioterapia como método de tratamento.
Palavras-chave (de 3 a 10 palavras-chave)
prevalência, disfunções sexuais fisiológicas, dispareunia, fisioterapia.
Área
Estudo transversal (ou seccional)
Categoria
Fisioterapia em Saúde da Mulher
Instituições
UDESC - Santa Catarina - Brasil
Autores
ANA BEATRIZ PEREIRA SILVA, ANA BEATRIZ PEREIRA SILVA, AMANDA MEIRA JUNGES, AMANDA MEIRA JUNGES, SORAIA CRISTINA TONON DA LUZ, SORAIA CRISTINA TONON DA LUZ, THUANE HUYER DA ROZA, THUANE HUYER DA ROZA