Dados do Trabalho


Título do trabalho

A visão dos fisioterapeutas sobre as causas do autismo

Introdução

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) consiste em um conjunto de características que afetam o neurodesenvolvimento de forma a prejudicar principalmente aspectos de interações sociais e comportamentais. No Brasil, uma em cada 160 crianças tem TEA, portanto, considera-se que 2 milhões de pessoas se encontram dentro do espectro autista. Nesse contexto, devido a expansão na área das pesquisas e ao desenvolvimento de instrumentos de avaliação para diagnóstico e tratamento, a possibilidade de um possível diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista se ampliou.

Objetivo

Compreender a visão dos fisioterapeutas quanto as causas do autismo.

Metologia

Pesquisa básica, de análise qualitativa, financiada por CNPq/ PIBIC/FAPESC e aprovada no Cep no parecer 5.395.458. Realizada na UNIVALI, os participantes foram fisioterapeutas do CER II e professores do Curso de Fisioterapia que prestam assistência as pessoas com diagnóstico de TEA. Vinhetas e entrevistas foram realizadas em sala reservadas, gravadas e transcritas. As questões da entrevista foram sobre as causas do autismo. Os fisioterapeutas foram representados pela letra F seguido de numerais.

Resultados

Participaram do estudo 05 fisioterapeutas que após a análise temática dos dados emergiram as categorias e suas falas:1) A causa genética do autismo: “Caso seja confirmado de estudo, pode ser de origem genética sim, acredito.” (F2); 2) Relação entre causa genética e ambiental do autismo: “Não são só as questões genéticas que vão determinar o comportamento da criança, tem todos outros fatores emocionais, sociais, ambientais que podem estar interferindo nessas dificuldades…”(F3).

Discussão

No Brasil as publicações reforçam a premissa de que a etiologia do autismo é influenciada por um mecanismo multifatorial, que envolve fatores genéticos e ambientais. A relação de vários genes (poligênica) e dos fatores ambientais categoriza uma dificuldade de herança. Os estudos apontam que o TEA é caracterizado como um transtorno de herança multifatorial e que fatores ambientais aumentam o risco desse agravo.

Conclusão

Alguns fisioterapeutas tendem a ver as causas do autismo no contexto da genética, ainda assim, existe um forte estilo de pensamento voltado as causas genéticas e ambientais.

Palavras-chave (de 3 a 10 palavras-chave)

Autismo, neuroepigenética, saúde.

Área

Estudo transversal (ou seccional)

Instituições

Universidade do Vale do Itajaí- Univali - Santa Catarina - Brasil

Autores

AMANDA FRENSCH, CARINA NUNES BOSSARDI, JULIANA VIEIRA DE ARAÚJO SANDRI , FABÍOLA HERMES CHESANI