Dados do Trabalho


Título do trabalho

RELATOS ALGICOS COMPENSATORIOS EM PACIENTES POS-AVE

Introdução

O Acidente Vascular Encefálico (AVE) consiste na interrupção do fluxo sanguíneo às estruturas encefálicas, podendo resultar em lesões permanentes. Dentre os desfechos motores mais comuns aos pacientes pós-AVE destaca-se a hemiparesia e a hemiplegia. É comum que os pacientes manifestem compensação motora no lado não afetado, ocasionando sobrecarga, o que pode resultar em dores e lesão tecidual. Assim sendo, o foco do tratamento precisa ser direcionado para a globalização do indivíduo.

Objetivo

Traçar um perfil álgico de pacientes pós-AVE em pacientes atendidos no Serviço de Fisioterapia do Hospital Universitário Dr. Mário Araújo da URCAMP/Bagé-RS.

Metologia

Trata-se de um estudo transversal, exploratório e descritivo, de abordagem quali-quantitativa, com informações coletadas por um instrumento não padronizado com questões abertas e fechadas com pacientes pós – AVE atendidos no serviço de Fisioterapia do Hospital Universitário Dr. Mário Araújo. A presente pesquisa contempla um projeto amplo sobre Segurança do Paciente, aprovado no Comitê de Ética e Pesquisa com Seres Humanos sob parecer 4.560.921.

Resultados

O universo amostral era de 23 pacientes, e 100% participaram do estudo, sendo que 60% (n=9) relataram cansaço. O ombro foi o local mais citado para queixas álgicas, com 33,3% (n=3) dos relatos, cujo tempo de persistência da dor ou desconforto traz que 69,2% (n=9) relataram sentir dor sempre que deambulam. No que tange aos meios utilizados para aliviar os sintomas álgicos, 71,4% relataram procurar um profissional para indicação dos mesmos, sendo buscado auxílio médico e farmacêutico.

Discussão

Choi-Kwon et al. (2017) encontraram fadiga juntamente com disfunção motora estando intimamente associadas à dor musculoesquelética em pacientes pós-AVE. De acordo com Ganble (2002), a Síndrome do Ombro Doloroso (OD) acomete de 37% a 84% dos casos, sendo uma das disfunções mais comuns em indivíduos pós-AVE. Todavia, de acordo com achados por Menoux et al. (2019) nos últimos 15 anos houve uma diminuição na frequência de dor no ombro em pacientes pós-AVE.

Conclusão

Diante do exposto, as intercorrências mais expressivas deste estudo foram a ligação encontrada entre a alteração do padrão de marcha, com a dor existente durante a deambulação. Foi possível ainda verificar a relação entre baixa renda e baixa escolaridade existente entre os participantes, constatando-se que ambas estão intimamente ligadas, sendo que a baixa renda pode ser classificada como consequência da baixa escolaridade.

Palavras-chave (de 3 a 10 palavras-chave)

Dor por compensação; Qualidade de vida; Segurança do paciente

Área

Estudo transversal (ou seccional)

Instituições

Centro Universitário da Região da Campanha - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

ISABELE FUENTES BARBOSA, LYBRYANNE ALVES PRETO, SIMONE ROSA DA SILVA, MAÍSA MAIARA PADILHA RODRIGUES, GUILHERME CASSÃO MARQUES BRAGANÇA