Dados do Trabalho


Título do trabalho

POSIÇAO PRONA COMO MANOBRA TERAPEUTICA NO TRATAMENTO DA SDRA EM PACIENTE PORTADOR DE DPOC COM COVID-19: RELATO DE CASO

Introdução

A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) caracteriza-se pela limitação do fluxo
aéreo expiratório, acompanhada de hipersecreção de muco e perda progressiva da
função pulmonar, provocada principalmente pela fumaça do cigarro. Os sintomas
compreendem tosse produtiva e dispneia que podem estar sujeitas a períodos de
agudização e complicações graves. Quando associada ao COVID-19, pode provocar
um quadro de hipoxemia severa e o suporte ventilatório mecânico está indicado
nessas exacerbações. Diante da necessidade de reduzir as complicações associadas
ao ventilador, manobras terapêuticas estão sendo executadas, dentre elas está a
posição prona, que tem por finalidade melhorar a oxigenação e diminuir a demanda
por ventilação mecânica invasiva.

Objetivo

Assim, vislumbrando ampliar um olhar em torno
desse tema, elencamos como objetivo geral do nosso estudo, descrever a utilização
da posição prona (PP) em pacientes de DPOC em ventilação mecânica invasiva com
Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA) secundário ao COVID-19.

Metologia

O presente estudo elenca como metodologia um relato de caso de um paciente de DPOC, com diagnóstico de COVID-19, com SDRA, hipoxemia severa, dispneia e dessaturação, que dentre as manobras terapêuticas utilizou um protocolo de posição prona durante dois ciclos de 12 horas.

Resultados

O caso transcorre sobre um paciente de 65
anos de idade, apresentou hipoxemia severa, Spo2 82%, FC 97bpm e rebaixamento
do nível de consciência. Foi intubado TOT 8.5, com uso de sedoanalgesia,
bloqueadorneuromuscular e gasometria: Ph 7.28, PaO2 64, HCO3 30, pCO2 75, Be - 5, FiO2 60%, P/F 107. Após 2 ciclos de 12 horas em PP, apresentou melhoras no índice de oxigenação, a relação PaO2/ FiO2 200 e melhoras na mecânica respiratória e saturação periférica, com gasometria: Ph 7.3, PaO2 80, HCO3 24, pCO2 49, Be -4, FiO2 40%, P/F 200 mmHg.

Discussão

É importante destacar que, o uso da posição prona apresentou benefícios satisfatórios no recrutamento alveolar da região dorsal dos pulmões, causando o aumento do volume expiratório final e a elasticidade da parede torácica, permitindo a melhora da relação ventilação e perfusão e consequentemente o aumento do volume corrente.
Associado aos benefícios acima relatados, evidências científicas na literatura, reforçam a importância do fisioterapeuta na equipe multidisciplinar das UTIs no alívio dos sintomas, facilitação do desmame da ventilação mecânica, recuperação da funcionalidade, menor tempo de hospitalização e para uma melhor manipulação do paciente em condutas como a pronação.

Conclusão

Por fim, entende-se que a manobra terapêutica com a PP precoce no tratamento do paciente com SDRA secundária aos fatores de risco e a COVID-19, contribuiu para o desfecho clínico favorável, principalmente no que tange à oxigenação, evidenciada através da melhora de parâmetros de PaO2, relação PaO2/FiO2 e evolução clínica favorável.

Palavras-chave (de 3 a 10 palavras-chave)

Por fim, entende-se que a manobra terapêutica com a PP precoce no tratamento do paciente com SDRA secundária aos fatores de risco e a COVID-19, contribuiu para o desfecho clínico favorável, principalmente no que tange à oxigenação, evidenciada através da melhora de parâmetros de PaO2, relação PaO2/FiO2 e evolução clínica favorável.

Área

Relato de caso / estudo de caso

Categoria

Fisioterapia Cardiopulmonar

Instituições

ASCES - Pernambuco - Brasil

Autores

MARIA HELENA ARAUJO DO NASCIMENTO, LOURDES MYRELLE MORAES DO NASCIMENTO, JULIANI TEXEIRA DOS SANTOS