Dados do Trabalho


Título do trabalho

APLICABILIDADE DA TERAPIA MANUAL NO TRATAMENTO DA CEFALEIA TENSIONAL

Introdução

A cefaleia tensional, classificada como primária¹, é identificada por pressão bilateral, intensidade leve a moderada, fotofobia, fonofobia, dor holocraniana, sensibilidade no couro cabeludo e nos músculos do pescoço²-³. Seu mecanismo está relacionado à convergência das informações nociceptivas da região cervical superior com as aferências do nervo trigêmeo no núcleo trigêmeo-cervical⁴. Para seu tratamento não-farmacológico, a Fisioterapia pode atuar aplicando técnicas de terapia manual⁵.

Objetivo

Realizar uma revisão da literatura sobre a aplicabilidade da terapia manual no tratamento da cefaleia tensional.

Metologia

Trata-se de uma revisão bibliográfica com 62 trabalhos obtidos na plataforma BVS e 195 na PubMed, com os descritores: cefaleia tensional, terapia manual e tratamento. Com uso dos filtros: de 2018 à 2023, textos completos gratuitos, estudos aplicados em humanos e nos idiomas português, inglês e espanhol, foram revisadas 18 pesquisas do BVS e 16 na PubMed. Excluindo trabalhos que não abordassem técnicas de terapia manual ou cefaleia tensional, foram analisados 2 estudos da BVS e 4 da PubMed.

Resultados

Na cefaleia tensional, aplicam-se: fibrólise diacutânea, que usa ganchos metálicos em trapézio, elevador da escápula, esplênios e esternocleidomastoideo³; inibição suboccipital, aplicada por pressão exercida na musculatura posterior de C1 e C2⁴; manipulação cervical, que é aplicada em C1 e C2 em rotação bilateral⁵ e mobilização de tecidos moles assistida por instrumento (IASTM), executada em tecidos profundos com golpes em diferentes padrões em trapézio superior e suboccipitais⁶.

Discussão

A fibrólise diacutânea atenua a frequência e a intensidade da cefaleia e a sensibilidade do tecido pericraniano, aumentando a ADM cervical³. A inibição suboccipital e a manipulação cervical resultam em maior mobilidade, assim reduzindo a dor⁴. A IASTM auxilia na dispersão da pressão para tecidos subjacentes, pois alonga a fáscia posterior do pescoço e dos músculos suboccipitais, reduzindo frequência e episódios de cefaleia⁶. Essas técnicas apresentam melhores resultados quando em conjunto⁴.

Conclusão

Portanto, as técnicas de terapia manual são eficazes para o tratamento não-farmacológico da cefaleia tensional, reduzindo frequência e intensidade da dor, contribuindo para o aumento da amplitude cervical assim proporcionando melhora na qualidade de vida.

Palavras-chave (de 3 a 10 palavras-chave)

Cefaleia Tensional; Terapia Manual; Tratamento.

Área

Revisão bibliográfica

Instituições

Instituto Esperança de Ensino Superior - Pará - Brasil

Autores

CAMILA NOBRE DE BARROS, FRANCIELLE VIEIRA DE AZEVEDO, GABRIEL PEREIRA ESTEVES, RAFAELA DE SOUSA SILVA, MELINA LAISE NASCIMENTO DOS SANTOS