Dados do Trabalho


Título do trabalho

PERFIL EPIDEMIOLOGICO DE POLICIAIS MILITARES EM UM AMBULATORIO DE FISIOTERAPIA EM SANTAREM-PARA

Introdução

A análise do perfil epidemiológico de uma população permite ao fisioterapeuta conhecer os pacientes atendidos, quais doenças os acometem, as implicações e complicações da condição patológica ou traumática, assim como os distúrbios musculoesqueléticos (DME), e com isso, planejar uma assistência adequada e específica, que atenda às necessidades do paciente e respeite suas peculiaridades, para garantir melhor atendimento, promoção e educação em saúde e prevenção de doenças¹.

Objetivo

Analisar o perfil epidemiológico de policiais militares (PMs) atendidos em um ambulatório de Fisioterapia na cidade de Santarém-Pará.

Metologia

Trata-se de um estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos (parecer: 4.082.678), de caráter epidemiológico, retrospectivo, descritivo e quantitativo. Foram utilizadas fichas de coleta de dados para investigar: idade, sexo, local da lesão, presença de comorbidades, diagnóstico clínico, se realizou cirurgia e tempo para iniciar a Fisioterapia, sendo analisadas 54 fichas de PMs atendidos em um ambulatório de Fisioterapia em Santarém-Pará no ano de 2021.

Resultados

A idade média dos PMs é de 39,09±7,17anos, sendo 87,1% homens. Afirmam algias 72,2%, sendo 31,5% acometidos na região lombar, com hérnias de disco e lombalgias crônicas e 20,4% com lesões no joelho, como rupturas parciais de ligamento cruzado anterior (LCA) e lesões meniscais. Apenas 9,36% tiveram fraturas, sendo elas de calcâneo, úmero e 5º metatarso e 9,3% relataram cardiopatia, diabetes e hipertensão. São sedentários 72,3% e 12,9% efetuaram cirurgia, com encaminhamento tardio à Fisioterapia.

Discussão

O longo período em pé ou sentado, a vibração do veículo e o uso de equipamentos de proteção de até 14kg tornam os PMs suscetíveis a DME, pois a sobrecarga na coluna vertebral e nos membros inferiores resultam em desgaste dos discos intervertebrais, fadiga muscular e dor articular². Outros fatores de risco são: sexo masculino acima de 30 anos, má postura, excesso de flexão e rotação de tronco³. Ademais, o sedentarismo eleva o risco de lesões devido à redução da força e aptidão cardiovascular⁴.

Conclusão

Conclui-se que o perfil dos policiais militares atendidos é do gênero masculino, sedentário, tendo como segmento corporal mais acometido a região lombar, seguida pela articulação do joelho. Assim, a Fisioterapia e suas intervenções são de suma importância para tratamento desses pacientes.

Palavras-chave (de 3 a 10 palavras-chave)

Perfil epidemiológico; Fisioterapia; Distúrbios Musculoesqueléticos.

Área

Estudo de coorte

Instituições

Instituto Esperança de Ensino Superior - Pará - Brasil

Autores

GABRIEL PEREIRA ESTEVES, ALLINE CRISTIANE DE VASCONCELOS PESSOA, CAMILA NOBRE DE BARROS, FRANCIELLE VIEIRA DE AZEVEDO, MELINA LAISE NASCIMENTO DOS SANTOS