Dados do Trabalho


Título do trabalho

Comparação do risco de quedas de gestantes do segundo e terceiro trimestre gestacionais

Introdução

Durante a gestação, mudanças anatômicas e hormonais podem provocar alterações no centro de gravidade, o que torna o equilíbrio da gestante instável. Essas alterações podem aumentar o risco de quedas, prevalente em 25% das gestantes. As quedas durante a gestação são o principal motivo de ferimentos relatados neste período. Podem afetar a saúde do binômio mãe-filho, levando a gestação a desfechos não desejados.

Objetivo

Comparar o risco de quedas de gestantes do segundo e terceiro trimestre gestacionais por meio do teste Timed Up and Go.

Metologia

Pesquisa descritiva com 12 gestantes divididas nos grupos segundo (2T = 6) e terceiro trimestre gestacional (3T = 6). Estas foram avaliadas por meio de uma Ficha de avaliação adaptada de Lemos e do Teste Timed Up and Go (TUG), que classificou o risco de quedas de acordo com o tempo gasto para a realização do teste: baixo risco de quedas ao realizar em menos de 10 segundos, médio de 10 a 20 e alto acima de 20 segundos. Os dados foram analisados pela estatística descritiva.

Resultados

As gestantes do grupo 2T possuíam 31,83 ± 6,52 anos, eram casadas (66,67%), com 2 ± 1,09 gestações anteriores. As gestantes do grupo 3T possuíam 25,16 ± 4,87 anos, eram solteiras (50%), com 1,16 ± 0,4 gestações anteriores. Quanto ao TUG, 83,84% das gestantes do grupo T2 apresentaram risco médio de quedas, com uma média de 11,55 ± 1,65 segundos. Todas as gestantes do grupo T3 apresentaram risco médio de quedas, com uma média de 11,69 ± 1,03 segundos.

Discussão

A estabilidade postural diminui durante a gestação, aumentando o risco de quedas. Ao cair, a mulher pode sofrer fraturas, entorses, hemorragia interna, descolamento ou ruptura da placenta, aborto espontâneo, parto prematuro e ocasionalmente morte fetal intrauterina (INANIR et al., 2014). A gestante apresenta maior dificuldade na movimentação, a frequência da passada durante a marcha torna-se menor, passos curtos e lentos, largura dos passos e base de sustentação maiores (CANTAGALLI et al., 2014).

Conclusão

Não houve diferença entre o risco de quedas das gestantes dos dois trimestres gestacionais. No entanto, a frequência de médio risco foi bastante elevada para os dois grupos, o que aponta para a necessidade de atenção fisioterapêutica especializada para esta população.

Palavras-chave (de 3 a 10 palavras-chave)

gravidez; quedas; equilíbrio

Área

Estudo transversal (ou seccional)

Instituições

Universidade Federal de Santa Maria - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

MAILA MOREIRA CORREA, MELISSA MEDEIROS BRAZ, SABRINA ORLANDI BARBIERI, MICHELE ADRIANE FROELICH