Dados do Trabalho
Título do trabalho
INTERVENÇAO FISIOTERAPEUTICA NA CAPACIDADE PULMONAR, FORÇA MUSCULAR, DOR E QUALIDADE DE VIDA DE UM PACIENTE COM OSTEOGENESE IMPERFEITA: RELATO DE CASO.
Introdução
A osteogênese imperfeita (OI) atinge 1 a cada 20 mil nascidos. No Brasil, não há estudos epidemiológicos sobre, mas estima-se que cerca de 12.000 brasileiros convivem com a doença. A OI é uma doença congênita rara, com amplo espectro de gravidade caracterizada por deformidade esquelética e fragilidade óssea por conta da mutação dos genes que codificam as cadeias do colágeno. Dentre as alterações cinético funcionais geradas, a fisioterapia tem papel importante no tratamento da OI.
Objetivo
Avaliar o volume e capacidades pulmonares, força muscular, dor e qualidade de vida (QV) de um paciente com osteogênese imperfeita.
Metologia
Relato de caso que seguiu o Case Report Guidelines - Care, que recrutou um participante do sexo masculino com 21 anos e com diagnóstico clínico de OI tipo I aos oito anos. Utilizou-se a espirometria, dinamômetro, algômetro e SF-36 e ao todo, foram realizadas três sessões, uma vez por semana, por 50 minutos cada. Foram aplicadas técnicas de terapia manual e exercícios cinesioterapêuticos como flexibilidade articular e fortalecimento muscular por 3 séries de 8 a 12 repetições.
Resultados
Os valores da capacidade vital forçada, volume expiratório forçado e pico expiratório máximo não modificaram. A força de preensão palmar esquerda aumentou 7Kg/N e no direito reduziu 3Kg/N. No limiar de dor os músculos trapézio, rombóide e grande dorsal aumentaram 1,14, 2,44 e 0,95Kg/N (direito) e 0,80, 1,45 e 1,47Kg/N (esquerdo), respectivamente. Na QV, aumentou os domínios de dor, estado geral de saúde, aspectos emocionais e saúde mental, respectivamente em 26, 20, 66,7 e 28 pontos.
Discussão
A fraqueza muscular no tronco, membros inferiores e membros superiores, podem gerar lesões (BENICHOU, et al, 2016). Um estudo comparou a liberação miofascial e o alongamento do diafragma, concluiu-se que não houve diferença entre as duas técnicas e ambas são indicadas no tratamento (NAIR, et al, 2019). Cortés e colaboradores (2021) concluíram que a dor crônica está presente nos pacientes com OI visto que, 83% da amostra relatou sentir dores prejudicando a QV (CORTÉS, et al, 2022).
Conclusão
A fisioterapia tem um papel importante no tratamento da osteogênese imperfeita deste paciente, principalmente no aumento da tolerância à dor e melhora da qualidade de vida. Devido a escassez de artigos relacionados à doença, bem como, intervenções fisioterapêuticas para esse público, sugere-se estudos com maior tempo de acompanhamento de intervenções e amostras maiores de pacientes para melhores conclusões de resultados e tratamento.
Palavras-chave (de 3 a 10 palavras-chave)
Osteogênese Imperfeita. Fisioterapia. Técnicas Fisioterápicas.
Área
Relato de caso / estudo de caso
Categoria
Fisioterapia Neurofuncional
Instituições
Centro universitario Uniavan - Santa Catarina - Brasil
Autores
GABRIELA PROENCIO COSTA, MARIA EDUARDA BORGES VIEIRA, AMANDA STEFFEN RONCADA DA SLVA, LUCIANO BERNARDES JUNIOR, MAYANE DOS SANTOS AMORIM