Dados do Trabalho
Título do trabalho
FORÇA E FUNCIONALIDADE EM INDIVIDUOS COM CARDS
Introdução
O vírus SARS-CoV-2 possui como sua principal forma de transmissão as gotículas respiratórias de pessoas infectadas, contudo a forma de contágio por fômites também foi comprovada¹. Entre as suas manifestações clínicas encontramos formas leves, entretanto, nas suas formas graves o indivíduo poderá desenvolver a síndrome do desconforto respiratório agudo grave (SDRA)². A SDRA causada por COVID-19 foi identificada como CARDS³.
Objetivo
Avaliar a força e funcionalidade de indivíduos acometidos por COVID-19 na forma grave (CARDS) e correlacionar as variáveis (força e funcionalidade) com o tempo de ventilação mecânica.
Metologia
Foram avaliados 55 prontuários de ambos os sexos, no ano de 2020 na saída da UTI. Entre as variáveis mensuradas estão a força muscular periférica e a maior funcionalidade alcançada. Para avaliar a primeira variável foi utilizado um dinamômetro de preensão palmar com capacidade de alcance de 90Kg/F (analógico). Por seguinte, para avaliar a funcionalidade utilizou-se de palavras-chaves, e essas foram: acamado, sedestação no leito, sedestação fora do leito, capacidade de ortostase e deambulando.
Resultados
Dos 55 indivíduos avaliados, o maior percentual (59,22%) encontrado foram de indivíduos com dinamometria de 11kg/F, já na funcionalidade 46,62% alcançaram o máximo a sedestação beira-leito. Quando correlacionado força e funcionalidade, com tempo de ventilação mecânica, não houve relação positiva, com coeficiente de direção e intensidade de 0,20 e 0,07, respectivamente.
Discussão
Sobreviventes da COVID-19, evoluíram com perda de força muscular com média de força de 22 kg/F (15–30), dados que corroboram com o presente estudo onde a fraqueza ainda era mais severa, valores menores que 20Kg/F⁴. Um diagnóstico de sarcopenia em indivíduos com CARDS foi associado com uma menor distância percorrida no teste de caminhada de 6 minutos, estes corroboram com a funcionalidade encontrada no presente estudo⁵.
Conclusão
Conclui-se que paciente que evoluíram com COVID-19 e SDRA (CARDS) evoluíram com menor força muscular periférica e menor funcionalidade no dia da alta da UTI.
Palavras-chave (de 3 a 10 palavras-chave)
Síndrome pós-Covid-19; Unidade de Terapia Intensiva; Força Muscular.
Área
Estudo transversal (ou seccional)
Categoria
Fisioterapia em Terapia Intensiva
Instituições
Instituto Esperança de Ensino Superior - Pará - Brasil
Autores
ALLINE CRISTIANE DE VASCONCELOS PESSOA, CAMILA NOBRE DE BARROS, FRANCIELLE VIEIRA DE AZEVEDO, GABRIEL PEREIRA ESTEVES, MARDEN JUNIO SOUSA FERREIRA