Dados do Trabalho


Título do trabalho

INTERNAÇOES HOSPITALARES EM SAO LUIS MA POR FRATURA DE FEMUR DECORRENTE DE QUEDA EM IDOSOS ENTRE 2017 E 2022

Introdução

O risco e a consequência da fratura de fêmur em decorrência de queda em idosos vêm sendo discutidos pela comunidade acadêmica de forma multidisciplinar, há algum tempo, sendo um problema de saúde pública relevante. Aliado a isso, no período da pandemia de COVID-19, houve necessidade de isolamento pelo risco de contaminação, restringindo a mobilidade funcional da população idosa e contribuindo para o risco de queda e suas recorrentes consequências.

Objetivo

Analisar as internações hospitalares por fratura de fêmur decorrente de queda em idosos em São Luís, capital do estado do Maranhão entre 2017 a 2022.

Metologia

Trata-se de um estudo ecológico temporal, através dos dados obtidos pelo DATASUS/SIH/SUS5, do Ministério da Saúde. As coletas dos dados ocorreram entre junho e julho de 2023, compreendendo o período de janeiro de 2017 a dezembro de 2022. Foram selecionados idosos (60 anos ou mais) levando em consideração as seguintes variáveis: internação, sexo e faixa etária. As ocorrências entre 2017 e 2019 foram consideradas pré-pandêmicas e entre 2020 e 2022 foram consideradas como pandêmicas.

Resultados

Observou-se que ao todo 1327 idosos internaram por fratura de fêmur decorrente de queda, sendo 41% acima de 80 anos, 35% entre 70 a 79 anos e 24% entre 60 a 69 anos. Referente ao sexo, 70,5% são mulheres e 29,5% são homens. No comparativo dos dois períodos 42,5% das intenções foram em período pré-pandêmico e 57,5% em período pandêmico. Chama a atenção o ano de 2022 que isoladamente registrou 282 internações, equivalente a um aumento de 35% se comparado à média dos anos anteriores.

Discussão

Os resultados são semelhantes aos estudos referenciados, sendo maior incidência de fratura de fêmur decorrente de queda em mulheres e crescimento dos casos com o aumento da idade. Também observou-se o aumento considerável dos casos no período pandêmico, como consequência das interrupções nas atividades laborais devido ao isolamento social, que contribuiu para a redução da mobilidade e sedentarismo, aumentando o risco de quedas.

Conclusão

Diante dos fatos, alerta-se sobre a necessidade de avaliação e atuação multidisciplinar em idosos, no que tange a complexidade cinético funcional, objetivando-se o aumento da mobilidade e a prevenção de fratura de fêmur decorrente de queda.

Palavras-chave (de 3 a 10 palavras-chave)

Idoso, fratura, fêmur, covid-19

Área

Estudo ecológico

Instituições

Faculdade Santa Terezinha - CEST - Maranhão - Brasil

Autores

KAISER SALGADO NEVES, CARLOS MARTINS NETO, GESSICA EMANUELLE SANTOS PINHEIRO, HYAN VICTOR DE OLIVEIA VIEIRA, NATALY BORGES DA COSTA PINTO