Dados do Trabalho
Título do trabalho
Tratamento pós operatório de Armpump: um estudo de caso.
Introdução
O armpump é uma condição comum entre os pilotos de motocross e ciclismo off road. O armpump é caracterizado pela fadiga e inchaço nos músculos do antebraço, resultando da síndrome compartimental causada pelo aumento súbito da pressão intersticial no compartimento osteo-facial. Isso ocorre devido à constante tensão exercida nos braços durante as corridas, principalmente em terrenos acidentados e saltos. As principais causas do armpump são a falta de fluxo sanguíneo adequado e o acúmulo de ácido láctico
Objetivo
Demonstrar por um estudo de caso a evolução e resolução de um caso de armpump em um atleta profissional de motocross incluindo a descrição do procedimento cirúrgico, processo de reabilitação e retorno a atividade em alto rendimento.
Metologia
Selecionado um atleta profissional de motocross que apresentou sintomas de armpump, durante treinos e competições. O diagnóstico de síndrome compartimental crônica dos antebraços foi confirmado pelo exame clínico e descartadas outros diagnosticos por exclusão em exames de imagem. O paciente foi submetido a um tratamento cirúrgico para descompressão da fáscia antebraquial (fasciotomia). A reabilitação pós-operatória foi dividida em três fases: PO inicial com controle inflamatório, recuperação funcional fisiológica e gestos esportivos específicos com retorno ao esporte.
Resultados
O processo de reabilitação foi iniciado no primeiro dia pós operatório (PO) com movimentos passivos para manutenção da mobilidade dos dedos e controle inflamatório. Após 3 dias, movimentos do punho foram introduzidos, juntamente com mobilização de baixa intensidade da massa muscular do antebraço.
Discussão
Após a retirada dos pontos (14 dias) cirúrgicos, medidas profiláticas foram realizadas no tecido cicatricial prevenindo cicatriz hipertrófica, recursos eletrotermoterapêuticos foram utilizados nessa fase. Exercícios de mobilidade intensa e fortalecimento muscular foram introduzidos gradualmente após a 2ª semana. Fortalecimento do manguito rotador também foi incluído na reabilitação. Exercícios excêntricos foram preferidos para o trabalho da amplitude máxima de movimento. Após o fortalecimento adequado, foram iniciados exercícios proprioceptivos e gestos específicos do esporte, incluindo simulações de pilotagem. O processo de recuperação funcional e retorno à pilotagem esportiva ocorreu em 6 semanas. O paciente evoluiu satisfatoriamente, retornando aos treinos e competições sem novos episódios de armpump ou desconforto no antebraço.
Conclusão
O relato do caso demonstra que a descompressão cirúrgica do armpump associada à reabilitação planejada, é uma boa opção de tratamento quando ocorre falha no tratamento conservador inicial, possibilitando retorno e continuidade ao esporte competitivo em alto rendimento. Apesar disto publicações futuras são necessárias para melhor definição quanto aos métodos ideias de diagnóstico e tratamento para o armpump.
Palavras-chave (de 3 a 10 palavras-chave)
armpump
fasciotomia
motocross
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fisioterapia desportiva
Área
Relato de caso / estudo de caso
Categoria
Fisioterapia Musculoesquelética
Instituições
CINSE. CLINICA INTEGRATIVA DE SAUDE E ESPORTE - Paraná - Brasil, HOSPITAL XV. - Paraná - Brasil
Autores
RODNEY WENKE, IANARA ROBERTA STEIN, ANDRÉ ALMEIDA DA SILVA, CARLOS HENRIQUE RAMOS