Dados do Trabalho


Título do trabalho

AVALIAÇAO DAS HABILIDADES FUNCIONAIS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM OSTEOGENESE IMPERFEITA

Introdução

A Osteogênese Imperfeita (OI) é uma doença genética caracterizada pela baixa densidade óssea, fraturas da repetição e deformidades ósseas devido a variantes patogênicas principalmente nos genes COL1A1 e COL1A2. O fenótipo é variável, desde casos leves a casos graves ou letais com graves deformidades. Alterações funcionais são comuns como alterações na marcha, função física e fraqueza muscular. O tratamento preconizado é o uso de bisfosfonatos e reabilitação física.

Objetivo

Avaliar a funcionalidade de crianças e adolescentes com OI.

Metologia

Estudo transversal com crianças e adolescentes entre 6 e 18 anos. Dados clínicos foram coletados (densidade óssea, medicação, presença de cirurgia e tratamento fisioterapêutico). Na avaliação funcional utilizou-se o Inventário de Avaliação Pediátrica de Incapacidade–Teste Computadorizado Adaptativo (Pediatric Evaluation of Disability Inventory-Computer Adaptive Test – PEDI-CAT). Força muscular avaliada por dinamômetro de preensão palmar e equilíbrio com a Escala de Equilíbrio Pediátrico.

Resultados

Trinta crianças foram avaliadas com OI leve (n=20) e moderada (n=10), com idade média 14,10 (±3,2) e 10,60 (±4,6) anos. A força muscular foi significativamente menor que um grupo de crianças hígidas (p<0,0001), esse dado se repetiu entre os casos leves e moderados (p=0,003). Não houve diferenças significativas em relação aos aspectos funcionais, equilíbrio, uso de medicação, número de fraturas, densitometria mineral óssea e resultados no PEDI-CAT.

Discussão

Discussão A predominância de casos leves sobre moderados está de acordo com a literatura. A força muscular esteve correlacionada com a densitometria óssea (r=0,525 e p<0,01), essa relação é explicada pelo mecanoestato de Frost. Em relação a capacidade de deambulação, habilidades funcionais e equilíbrio preservados, os achados corroboram com os dados descritos na literatura, se assemelhando ao de crianças hígidas.

Conclusão

Os achados sugerem que crianças com OI nas formas leves e moderadas, predominante tipos I e IV, apresentam uma redução expressiva da força muscular principalmente nas formas mais graves, porém os resultados do instrumento de avaliação da funcionalidade apresentaram resultados dentro da normalidade, possivelmente devido ao desenvolvimento de compensações.

Palavras-chave (de 3 a 10 palavras-chave)

Osteogênese Imperfeita, Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde, Desenvolvimento Infantil, Reabilitação

Área

Estudo transversal (ou seccional)

Categoria

Fisioterapia Musculoesquelética

Instituições

Universidade Federal do Rio Grande do Sul - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

ARTHUR CHEREM NETTO FERNANDES, TÉMIS MARIA FÉLIX