Dados do Trabalho
Título do trabalho
ANALISE DA INCIDENCIA DE CEFALEIA PRIMARIA EM PROFISSIONAIS DA TERAPIA INTENSIVA: UM ESTUDO TRANSVERSAL
Introdução
A cefaleia é o sintoma neurológico mais comum, acometendo cerca de 46% da população mundial. Fatores ambientais são de extrema importância na compreensão da cefaleia, e a terapia intensiva é um ambiente de alto estresse, com horários de trabalho irregulares, exposição a pacientes gravemente enfermos e pressão constante para tomar decisões rápidas e precisas. Logo, esta condição pode afetar negativamente a qualidade de vida e desempenho de profissionais de saúde da terapia intensiva.
Objetivo
Analisar a incidência de cefaleia primária em profissionais atuantes na unidade de terapia intensiva e correlacionar com qualidade de sono e horas trabalhadas.
Metologia
Trata-se de um estudo observacional de corte transversal com análise quantitativa. Pesquisa realizada em ambiente virtual por meio de formulário divulgado através de redes sociais com profissionais das Unidades de Terapia Intensiva em qualquer função no setor realizado entre setembro e novembro de 2022. O trabalho foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa da Faculdade de Comunicação e Turismo de Olinda sob o número 5.628.457. O questionário foi encaminhado com Termo Livre e Esclarecido (TCLE) elaborado de acordo com a resolução n°466/12 do Conselho Nacional da Saúde e seguiu as determinações de proteção de dados LGPD-Lei 13.709/12. Foi traçado o perfil sociodemográfico da população, além de informações sobre horas trabalhadas, qualidade do sono e as características da cefaleia. Foram incluídos na pesquisa profissionais de ambos os sexos, com idade a partir de 18 anos.
Resultados
36 profissionais, dos quais 33 atenderam aos critérios de inclusão, sendo 66,7% dos profissionais do sexo feminino e a faixa etária mais prevalente entre 21 e 30 anos (48,5%). Quanto ao tempo na profissão, a média foi de 6.70±5.22 anos. No que diz respeito à carga de trabalho, a maior parte dos profissionais entrevistados esteve entre 24 e 40 horas (54,5%). 54,5% dos profissionais apresentam cefaleias primárias e 94,5% relataram sofrer de algum distúrbio na qualidade do sono.
Discussão
A incidência de cefaleia entre os profissionais de saúde da UTI foi superior ao da população geral. Este dado demonstra que parece haver relação entre este local de trabalho e a maior presença desta condição. Isso pode ser entendido pelo regime de trabalho destes profissionais que os expõe a alterações na rotina de sono e sobrecarga de horas trabalhadas, fatores que podem levar a alterações neuroquímicas e desequilíbrios hormonais que contribuem para a ocorrência de dores de cabeça.
Conclusão
Neste estudo foi observada uma alta incidência de cefaleias entre os profissionais de saúde que trabalham em UTI. Assim, estratégias devem ser implementadas para promover a conscientização sobre a importância do autocuidado, bem como a adoção de medidas de prevenção e gerenciamento de cefaleias. como pausas regulares, técnicas de relaxamento e promoção de um ambiente de trabalho saudável.
Palavras-chave (de 3 a 10 palavras-chave)
Cefaleia, Transtornos da Cefaleia Primários, Pessoal de Saúde, Unidades de Terapia Intensiva, Qualidade do Sono, Estresse Psicológico.
Área
Estudo transversal (ou seccional)
Categoria
Saúde Pública
Instituições
UFPE - Pernambuco - Brasil
Autores
IASMIM GUSMAO DE MESQUITA GONÇALVES, TACIANA ALINE MACIEL BEZERRA OLIVEIRA, Maria Cristina Damascena dos Passos Souza, HUGO GABRIEL FEITOSA DE SOUZA