Dados do Trabalho

Título do trabalho

AVALIAÇAO DOS FATORES DE RISCO PARA AS QUEDAS EM IDOSOS SEDENTARIOS: ESTUDO TRANSVERSAL

Introdução

O envelhecimento é um processo dinâmico e progressivo caracterizado por mudanças complexas a partir do nível biológico, em que há modificações morfológicas, funcionais, bioquímicas e psicológicas, reduzindo a capacidade de sobrevivência do indivíduo. Essas alterações podem comprometer a capacidade funcional do idoso, diminuindo a sua autonomia e independência, o que pode resultar em uma maior incidência de quedas. As quedas representam a sexta maior causa de óbitos entre a população idosa, tem etiologia multifatorial e podem ser concomitantes e somatórias, sendo por fatores biológicos, comportamentais e ambientais. Atualmente, estudos de natureza multifatorial vem ganhando espaço na investigação dos fatores de risco para a ocorrência de quedas em idosos.

Objetivo

O objetivo desse estudo foi avaliar, através de uma investigação multifatorial, os fatores de risco para quedas em idosos sedentários.

Metologia

Estudo transversal e aprovado pelo Comitê de Ética e Pequisa do Centro Universitário Padre Anchieta (CAAE: 61720332.9.0000.5386). Foram incluídos idosos de ambos os gêneros, sedentários e com idade igual ou superior a 60 anos, e que concordarem em participar da pesquisa. Após a assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido, foram realizados: Timed Up and Go (TUG), Escala de Depressão Geriátrica (EDG), 10-point Cognitive Screening (10-CS), Short Physical Performance Balance (SPPB) e Short Physical Performance Balance (SPPB-) e Formulário de Sarcopenia (SARC-F).

Resultados

Tendo os valores obtidos no TUG como fator independente na avaliação do risco de quedas, esse estudo mostrou alterações significativas na correlação com o 10-CS, SPPB e da SARC-F. Dessa forma, as alterações cognitivas, a diminuição da funcionalidade e a presença da sarcopenia são fatores de risco para o risco de quedas. Sinais de depressão não foi um fator de risco para quedas nessa população estudada.

Discussão

A realização de testes em idosos sedentários pode ser uma forma preventiva e através desta aponta a necessidade de se implementar ações reabilitadoras e preventivas, no sentido de diminuir os fatores de risco potencialmente modificáveis, como é o caso de indivíduos com alterações cognitivas, sarcopênicos e incapacidade funcional para o risco para queda.

Conclusão

Conclui-se que idosos com alterações cognitivas, sarcopênicos e disfuncionais são os fatores de risco com maior propensão de quedas em pessoas idosas e que uma avaliação multifatorial deve ser mais amplamente usada para avaliar os fatores que predispõe as quedas na população idosa.

Palavras-chave (de 3 a 10 palavras-chave)

Quedas em idosos, sarcopenia, depressão, funcionalidade