Dados do Trabalho
Título do trabalho
DOR E INCAPACIDADE CERVICAL E SINTOMAS EMOCIONAIS NO CONTEXTO DA PANDEMIA DA COVID-19 EM ESTUDANTES DE FISIOTERAPIA EM PERNAMBUCO
Introdução
A dor cervical é a quarta causa de incapacidade em termos de prevalência, sendo mais frequente em mulheres. Diversos fatores podem estar associados à manifestação e persistência das dores, e, dentre eles, pode-se destacar o sedentarismo. Além disso, no ano de 2020 a população vivenciou uma condição atípica gerada pela pandemia da COVID-19, que acarretou danos físicos e emocionais provocados pelo isolamento.
Objetivo
Verificar a ocorrência de dor cervical e sintomas de ansiedade e depressão em estudantes universitários do curso de fisioterapia em Pernambuco no contexto da pandemia da covid-19, bem como analisar o impacto da dor e incapacidade nos sintomas de ansiedade e depressão.
Metologia
Estudo transversal aprovado pelo comitê de ética e pesquisa (parecer 4.318.912 e CAAE 38044720.1.0000.5208). A amostra foi composta por 78 estudantes de fisioterapia do estado de Pernambuco de ambos os sexos com idade entre 18 e 30 anos com queixa de dor crônica na coluna cervical ou saudável. Todos assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido. Foi avaliada a presença de dor antes e durante a pandemia, e aplicado o Neck Disability Index – NDI e o Depression, Anxiety and Stress Scale - DASS-21).
Resultados
A ocorrência de dor cervical no momento da avaliação foi de 32,05% (n=25) na amostra estudada. Dos indivíduos que referiram dor cervical, 64% já referiam dor antes da pandemia e 56% relataram que a dor surgiu na pandemia. Quanto à incapacidade, a média do NDI foi de 16,75 e os indivíduos classificados sem incapacidade foram 7 (28%). A ocorrência de sintomas de ansiedade e depressão na amostra estudada foi de 47,43% (n=37) e 41,02% (n=32), respectivamente.
Discussão
A ocorrência de dor cervical nos estudantes avaliados por este estudo (32,05%) está de acordo com outro estudo que mostrou que a prevalência de dor cervical em universitários de vários cursos variou de 22,3 a 63,3%. Em relação ao NDI verificou-se moderada e forte correlação entre a maior incapacidade e os sintomas de depressão e ansiedade respectivamente, mostrando desta forma que os sintomas de ansiedade prevaleceram em relação à incapacidade no grupo com dor cervical.
Conclusão
A ocorrência de dor cervical foi de 32,05% e de ansiedade e depressão de 47,43% e 41,02% respectivamente, na amostra estudada. O estudo demostrou que os universitários do curso de fisioterapia do Estado de Pernambuco com queixa de dor cervical no contexto da pandemia da Covid-19 foram mais impactados em relação a intensidade de dor pelos sintomas de ansiedade e depressão do que pelas mudanças de hábitos e ensino.
Palavras-chave (de 3 a 10 palavras-chave)
Dor cervical; incapacidade; ansiedade; depressão; covid-19
Área
Estudo transversal (ou seccional)
Categoria
Fisioterapia Musculoesquelética
Instituições
Universidade Federal de Pernambuco - Pernambuco - Brasil
Autores
DEBORA DOS SANTOS SILVA, RAYSSA HOLANDA DOS SANTOS, THAYNARA DO NASCIMENTO PAES BARRETO, MARIA GRAÇAS RODRIGUES DE ARAÚJO, GISELA ROCHA DE SIQUEIRA