Dados do Trabalho


Título do trabalho

MULHERES COM FADIGA RELACIONADA A QUIMIOTERAPIA APRESENTAM FRAQUEZA MUSCULAR? ANALISE PRELIMINAR

Introdução

O câncer de mama é um tumor com maior incidência e mortalidade. A quimioterapia é considerada uma das terapias sistêmicas mais importantes para o tratamento, mesmo que produza efeitos adversos. A fadiga secundária à quimioterapia (FSQ) pode aparecer durante o tratamento, causando reações de longa duração, as quais podem aumentar cada ciclo. A FSQ limita as atividades diárias, influenciando tanto na qualidade funcional, quanto na qualidade de vida.

Objetivo

Avaliar a força muscular e independência funcional de mulheres com câncer de mama, antes e após a quimioterapia.

Metologia

Ensaio clínico prospectivo com mulheres com diagnóstico de câncer de mama em acompanhamento no Hospital do Câncer de Uberlândia com indicação de quimioterapia. O estudo prevê avaliação antes e após a quimioterapia. Foram aplicados o pictograma e a Escala de Fadiga de Piper - Revisada, e na sequência foram submetidas a avaliação da força muscular, preensão palmar, com dinamômetro portátil Jammar®️ e Escala de Barthel avaliando a independência funcional, realizados antes da quimioterapia.

Resultados

Foram avaliadas até o momento, 27 mulheres, de um total de 53, com idade média de 51,5 ± 10,5 anos, índice de massa corpórea médio de 29,1±5,4 Kg/m2. Dez mulheres tiveram acometimento da mama direita e 14 mama esquerda. A preensão palmar da mão direita foi de 23,4 ±9,9 Kg e na mão esquerda foi de 22,4 ±9,4 Kg. E o valor médio da escala de Barthel foi de 93,5 ±32 pontos.

Discussão

A obesidade é descrita como fator de risco para o desenvolvimento de vários tipos de câncer. A quimioterapia produz aumento da atividade de citocinas, sarcopenia, caquexia e fadiga muscular, porém a quimioterapia ainda é considerada como tratamento coadjuvante à ressecção do tumor. A força de preensão palmar apresentou valores dentro da normalidade para mulheres entre 50 e 60 anos, assim como, a escala de Barthel, demonstrando que essas mulheres não apresentaram perda da capacidade funcional.

Conclusão

Nesta análise preliminar podemos concluir que essas mulheres não apresentaram diferença na força de preensão palmar e perda de independência funcional antes da quimioterapia, independentemente da mama acometida. A obesidade é um fator preponderante nessa casuística. A pesquisa está em andamento.

Palavras-chave (de 3 a 10 palavras-chave)

preensão palmar; câncer de mama; quimioterapia; avaliação; fisioterapia; fadiga muscular, funcionalidade

Área

Estudo de caso-controle

Instituições

Universidade Federal de Uberlândia - Minas Gerais - Brasil

Autores

GABRIELLA CAMPOS SOUSA, GIOVANA ALVES DA SILVA, ELIANE MARIA DE CARVALHO, ELAINE GABRIELLY BORGES, MARINA MARTARELLO SILVA