Dados do Trabalho

Título do trabalho

ESTIMULAÇAO COGNITIVA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS: REVISAO DA LITERATURA

Introdução

Com as mudanças da sociedade brasileira, se torna cada vez mais expressiva a necessidade das
Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs).1 As ILPIs devem suprir as necessidades
básicas dos indivíduos e proporcionar a melhor qualidade de vida possível, porém a baixa
estimulação cognitiva é frequente nesse contexto.2 Nesse sentido, a estimulação cognitiva
contribui com a manutenção das habilidades essenciais para regular e aprimorar nossos
pensamentos, emoções e ações, colaborando com a manutenção dos conhecimentos.2

Objetivo

Identificar as evidências científicas acerca dos benefícios da estimulação cognitiva sobre a
saúde de idosos institucionalizados.

Metologia

Trata-se de uma revisão da literatura, em que foi realizado um levantamento bibliográfico de
artigos nas bases de dados Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica (MEDLINE®)
e Physiotherapy Evidence Database (PEDro) para selecionar ensaios clínicos relacionados à
estimulação cognitiva em idosos institucionalizados. A busca pelo material foi realizada em
abril de 2023, viabilizada pela busca on-line mediante o uso dos descritores em ciências da
saúde (DeCS): “Cognição”, “Treino Cognitivo” e “Institucionalização".

Resultados

Os cinco ensaios clínicos foram conduzidos por um período entre sete e 48 sessões. Os
treinamentos envolveram técnicas de atenção, compreensão verbal, recordação de palavras e
imagens, criatividade, partilha de experiências, xadrez, música, canto e dança, além da sala
multissensorial Snoezelen. Todas as análises apontaram melhora significativa em aspectos
neuropsicológicos e comportamentais, especialmente no desempenho cognitivo, agitação,
agressividade, sintomas depressivos e emocionais, e na qualidade de vida geral, especialmente
àqueles alfabetizados.3,4,5,6,7

Discussão

As técnicas de estimulação cognitiva em idosos institucionalizados têm gerado efeitos
positivos. De modo geral, os programas têm contribuído para a melhora da atenção,
linguagem, memória e raciocínio, além de melhorar aspectos psicológicos e emocionais. Tais
efeitos foram observados tanto em idosos saudáveis quanto naqueles diagnosticados com
demência, sugerindo que a estimulação cognitiva pode ser uma intervenção eficaz em
diferentes estágios do processo de envelhecimento, contribuindo para a melhora da saúde
mental e qualidade de vida desses indivíduos.

Conclusão

Os resultados sugerem que programas de estimulação cognitiva podem produzir benefícios
para a saúde de idosos institucionalizados, especialmente em aspectos psicológicos, cognitivos,
emocionais e comportamentais, ressaltando a importância da implementação da técnica como
política de saúde pública para a população idosa.

Palavras-chave (de 3 a 10 palavras-chave)

Idoso; Saúde do idoso; Institucionalização; treino cognitivo; Reabilitação de Déficit cognitivo.