Dados do Trabalho


Título do trabalho

ATIVIDADE BIOELETRICA DOS MUSCULOS DO ASSOALHO PELVICO DURANTE O USO DE EDUCADOR VAGINAL INOVADOR: ESTUDO TRANSVERSAL

Introdução

O assoalho pélvico é constituído por músculos (MAPS), tecido conjuntivo, nervoso e outras estruturas que desempenham suas múltiplas funções: micção, defecação, continência urinária e fecal, prazer e sexualidade. A biomecânica inadequada dos MAPs resulta em alterações destas funções, surgindo a fisioterapia pélvica como uma modalidade para restaurar a força, resistência, potência e tônus deste complexo muscular. Dentre as opções terapêuticas, inúmeros modelos de educadores vaginais (EVs) vêm sendo utilizados, sem prática baseada em evidência concreta. Neste estudo, desenvolvemos um EV com características específicas baseadas na anatomia genital masculina e feminina que possui estímulos sensoriais e visuais, visando otimizar a atividade bioelétrica, pelo biofeedback potencializando o recrutamento muscular. Além disso, levando em conta o fator biomecânica, fica-se a dúvida: A posição pélvica irá interferir na atividade eletromiográfica com o uso do EV?

Objetivo

Verificar se o uso do educador vaginal inovador anatômico com biofeedback sensorial e visual resulta em maior atividade bioelétrica dos músculos do assoalho pélvico. Ademais, identificar se existe diferença na atividade bioelétrica em posições do quadril (anteversão, neutra e retroversão) em decúbito dorsal

Metologia

Estudo transversal composto por 30 mulheres, avaliadas por meio de uma ficha de avaliação e Eletromiografia de superfície. O educador vaginal inovador possui biofeedback visual com uma antena branca. Os dados coletados foram: raiz quadrada média (RMS) do período de 5 segundos da contração, valores de pico RMS, valores da área, %CVM (RMS normalizado pelo pico do sinal) e frequência mediana. Esses achados foram comparados sem e com o uso do educador vaginal com biofeedback visual, nas posições pélvicas de anteversão, neutra e retroversão. Os resultados foram submetidos a análise estatística.

Resultados

O uso do educador vaginal com biofeedback aumentou a atividade eletromiográfica dos músculos do assoalho pélvico em relação aos parâmetros RMS (p = 0,001) e Área (p = 0,010). Para ambos os parâmetros, a atividade bioelétrica foi maior com o uso do educador na posição neutra (RMS [Desvio médio absoluto = 5,13; Média ± = 1,27]; Área [Desvio médio absoluto = 16,87; Média ± = 4,39])

Discussão

Sabe-se que há uma correlação entre a força muscular e a ativação de unidades motoras, quanto maior a atividade eletromiográfica de um músculo melhor sua função. Para Baracho (2018) quando a pelve está fora da posição neutra, os músculos têm menor capacidade de realizar a contração efetiva, além disso, a forma anatômica do educador envolve certo tamanho e peso, que em posições do quadril que geram maior pressão no canal vaginal ocorre desconforto para manter a contração, favorecendo a posição neutra.

Conclusão

O equipamento demonstrou eficácia no maior recrutamento de fibras musculares, resultado obtido na atividade eletromiográfica, com maior efetividade na posição neutra do quadril, podendo ser um aliado eficaz no treinamento dos MAPS.

Palavras-chave (de 3 a 10 palavras-chave)

Assoalho pélvico; Saúde da mulher; Eletromiografia

Área

Estudo transversal (ou seccional)

Instituições

Universidade Federal do Pará - Pará - Brasil

Autores

EMILLY CASSIA SOARES FURTADO, YURY SOUZA DE AZEVEDO, NATÁLIA DE SOUZA DUARTE, JOÃO SIMÃO DE MELO NETO