Dados do Trabalho


Título do trabalho

INTERNAÇAO POR DEMENCIA NOS ULTIMOS DEZ ANOS: ESTUDO RETROSPECTIVO

Introdução

De acordo com o atual quadro do Brasil, em que se evidencia o crescimento da população idosa concomitantemente ao alto
índice de doenças crônicas, hospitalizações e declínio das capacidades física e cognitiva, o desafio que se estabelece para o
sistema de saúde é a atenção integral ao usuário idoso, que apresenta características fisiopatológicas complexas.1 Neste
sentido, traçar o perfil da população idosa com Demência internada nos últimos anos é importante para estabelecer medidas
que aperfeiçoem o monitoramento e planejamento de ações voltadas a este contexto.

Objetivo

Descrever a evolução das taxas de internação e mortalidade de idosos que vivem com Demência nos últimos dez anos no Brasil.

Metologia

Trata-se de um estudo longitudinal retrospectivo, onde foram utilizados dados públicos do departamento informático do
Sistema Único de Saúde do Brasil. A busca foi viabilizada por meio das “Informações de saúde: Epidemiológicas e Morbidades,"
que permite acesso às “Morbidades Hospitalares do Sistema Único de Saúde," informações fornecidas pelo Sistema de
Informações Hospitalares. A opção selecionada para a pesquisa foi “Geral, por local de residência”, a partir de janeiro de 2013,
tendo o Brasil como abrangência geográfica.

Resultados

Durante os últimos dez anos, 15.791 idosos com Demência foram internados no Brasil, predominando mulheres (54,6%) de
etnia branca (43,9%). Idosos de 60 a 64 anos representaram 13,6% das internações, enquanto 38,7% possuíam 80 anos ou mais.
Homens com até 74 anos apresentam maiores taxas de internação, o que muda a partir dos 75 anos, em que as mulheres
passam a predominar. Quanto ao desfecho, 6,3% dos idosos entre 60 e 64 anos evoluíram para óbito e essa porcentagem sobe
para 19,8% quando acima dos 80 anos.

Discussão

A partir da identificação da Demência em idosos, o profissional de saúde deve ter como base da intervenção o envolvimento
dos familiares e cuidador nas atividades, discutindo sobre como os sinais e sintomas influenciam na rotina da família, informar
sobre a gestão do regime terapêutico e abordar os déficits cognitivos envolvendo estratégias de compensação.2 Como
exemplo, a estimulação cognitiva pode desenvolver melhor as funções cognitivas que muitas vezes são afetadas durante o
envelhecimento.3

Conclusão

Desta forma, os achados do presente estudo nos trazem reflexões acerca de estratégias para controle das internações por
Demência e condições associadas, como atividades que minimizem o declínio cognitivo e o tratamento adequado da morbidade
e comorbidades. O exercício físico também se mostra um importante recurso que influencia na prevenção do avanço do quadro
demencial e demais doenças crônicas, diminuindo as chances de mortalidade.

Palavras-chave (de 3 a 10 palavras-chave)

Idoso; Saúde do idoso; Hospitalização; Demência; Transtornos Neurocognitivos.

Área

Estudo de coorte

Instituições

Faculdade Morgana Potrich-FAMP - Goiás - Brasil

Autores

LUCIELMA BARBOSA MATIAS, LARYSSA DE FREITAS REZENDES, RODRIGO DE JESUS PIO, KAISE SOUZA CONCEIÇÃO, GUSTAVO CARRIJO BARBOSA