Dados do Trabalho

Título do trabalho

NIVEL DE ATIVIDADE FISICA DE INDIVIDUOS COM QUEIXA DE DOR CRONICA NA ATENÇAO PRIMARIA A SAUDE

Introdução

A dor crônica pode ser definida como contínua ou recorrente de duração mínima de três meses, apresentando uma maior associação com sexo feminino. Além disso, é considerada um problema de saúde pública mundial, que acarreta altos custos financeiros e sociais para a população (TREEDE, et.al., 2019; SOUZA, 2019). As dores crônicas podem, ainda, contribuir para o aumento do sedentarismo, caracterizados pela falta de atividade física, provocando quadros de multimorbidades (KNUTH, et.al., 2011).

Objetivo

O objetivo do estudo foi identificar índices de queixa de dor crônica nas unidades básicas de saúde (UBS) e verificar possíveis fatores associados a baixos níveis de atividade física

Metologia

Estudo transversal de base populacional comunitária com usuários de UBS, aprovado pelo comitê de ética: 4.170.827. Foram incluídos adultos e idosos com queixa de dor encaminhados pela equipe de saúde da família ao serviço de fisioterapia das UBS. As avaliações do nível de dor foram realizadas com Escala Analógica da Dor (EVA) e, o Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ), versão curta, foi utilizado como instrumento para medir o nível de atividade física (NAF) dos indivíduos.

Resultados

Foram avaliados 91 indivíduos com queixa de dor crônica, com mediana de idade de 65 (55-70) anos, sendo 89% mulheres. A mediana da dor foi de 6 (3-8). Com a análise dos dados, pode-se observar que não houve associação significativa entre o nível de atividade física e as variáveis analisadas. Este resultado pode estar relacionado a composição da amostra e pela utilização do IPAQ versão curta, a qual não permite o fornecimento das atividades físicas realizadas em diferentes domínios.

Discussão

Dos participantes encaminhados a fisioterapia na UBS, 89% eram mulheres, corroborando com o estudo de Ruviaro et.al., (2012), que apresentou uma amostra predominantemente feminina (87%). O nível de dor correspondeu a uma média de 7,38, corroborando com o presente estudo, onde a mediana de dor é de 6, na escala EVA. 54.9% da amostra é sedentária, o que corrobora com o estudo de Ramalho et.al., (2014), na qual é demonstrado uma maior prevalência de indivíduos sedentários em sua amostra (33,7%).

Conclusão

Foi possível observar a limitação do uso do IPAQ versão curta, que não permite o detalhamento dessas informações. A partir da análise dos dados, observou-se a predominância de indivíduos sedentários do sexo feminino nesta amostra. Os nossos achados evidenciam a necessidade da implementação de políticas que promovam modos mais saudáveis de vida e a redução do sedentarismo na comunidade, principalmente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).

Palavras-chave (de 3 a 10 palavras-chave)

Atividade física; Atenção primária; Doenças crônicas.