Dados do Trabalho


Título do trabalho

ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA NO PÓS OPERATÓRIO DE CIRURGIA ORTOGNÁTICA: Um relato de caso.

Introdução

A cirurgia ortognática é um procedimento eletivo. Este procedimento envolve osteotomias, fraturas e mobilização, no entanto, há uma grande variedade de complicações intraoperatórias e complicações pós-operatórias associada à cirurgia ortognática.

Objetivo

Este estudo tem como objetivo geral relatar a abordagem fisioterapêutica realizada em um pós-operatório de cirurgia ortognática.

Metologia

Trata-se de um relato de caso de uma paciente do sexo feminino, 45 anos, que realizou cirurgia ortognática para correção de deformidade dentoesquelética. Admitida na Unidade de Cuidados Continuados Integrados do Hospital São Julião para reabilitação das complicações advindas do pós-operatório.A paciente foi submetida a uma avaliação inicial que constituiu na coleta de dados (anamnese e exame físico) e na aplicação de instrumentos para avaliar força, mobilidade e atividades de vida diária, como Medical Research Counsil (MRC), ICU Mobility Scale (IMS) e a escala de Barthel, respectivamente. Foram realizados exercícios de fortalecimento muscular, treinos de marcha, treinos de equilíbrio e exercícios aeróbicos. Exercícios ativos e resistidos para ATM (abertura e fechamento da boca, lateralidades, protusão e retrusão da mandíbula), exercícios de mímica facial com feedback do espelho, estímulos sensitivos em face e exercício isométrico de abertura da boca com uso de espátulas.

Resultados

Na avaliação fisioterapêutica verificou-se diminuição da força muscular global, deambulação com auxílio de terceiros, pequeno déficit em equilíbrio dinâmico, restrições dos movimentos da articulação temporomandibular (ATM), redução da mobilidade tecidual da face, limitações nas atividades de vida diária, com baixa resistência a fadiga, hiposensibilidade em região da mandíbula. No momento de pré intervenção pontou nas escalas: MRC 43 pontos, IMS 9 pontos, Barthel 55 pontos. Sendo realizadas 5 sessões semanais por cerca de 34 dias, todos os exercícios foram feitos inicialmente com 3 séries de 10 repetições cada, progredindo para 3 séries de 15 repetições. Ao final do período de internação a paciente apresentava melhoras significativas na funcionalidade, na execução das atividades básicas de vida diária e na mobilidade da ATM. Obtendo 60 pontos na escala de MRC, 10 pontos na escala IMS e 100 na escala de Barthel.

Discussão

O ato cirúrgico pode produzir traumas na maxila, mandíbula, dentição, ATM, músculos mastigatórios e tecidos moles associados. Diante de tais implicações, a fisioterapia pós-operatória, por sua vez, pode reduzir essas complicações e auxiliar o restabelecimento da função muscular, melhorando a vascularização, diminuindo a fatigabilidade e aumentando a força e a massa muscular.

Conclusão

A fisioterapia torna-se um adjuvante importante nesse processo, a fim de restabelecer as funções normais da articulação temporomandibular e da musculatura adjacente. Como também proporciona diagnóstico, tratamento e resolução mais rápida de possíveis complicações em outros segmentos, tornando o pós-operatório mais seguro e menos traumático.

Palavras-chave (de 3 a 10 palavras-chave)

Cirurgia ortognática. Fisioterapia. Cuidados pós-operatórios

Área

Relato de caso / estudo de caso

Instituições

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO DO SUL - Mato Grosso do Sul - Brasil

Autores

BRENDA BRISIA DE LIMA BRITO, CÍNTIA SILVA DOS SANTOS